As Lenys, uma dupla de artesãs de Pernambuco, carregam vontade e criatividade pra inventar e variar nas obras.
O nome é porque quem faz a arte são a Grecylene e a Regilene. Elas uniram os finais dos nomes, que são iguais, deram uma incrementada e ficou Lenys.
O trabalho delas é marcado pelo tom “manchado” da cerâmica, algo que é feito através de um processo químico depois do barro ter sido queimado no forno. Além disso, o minimalismo está presente nas pinturas e cores utilizadas. Possuem a temática da arte sacra e também criam vasos decorativos e outras esculturas.
Dos quatro filhos, Regilene foi a única que estudou em colégio particular. Quando disse ao seu pai que queria mesmo era fazer artesanato ele não gostou não. Seu pai, Tibúrcio, é também artesão. Ela já cresceu lidando com o barro. Era técnica agrícola e foi para Triunfo/PE. Amou a cidade e resolveu que ia morar lá. Foi sem nenhum dinheiro. Resolveu fazer artesanato com resina Epóxi em tampinha de refrigerante. Saía distribuindo em várias pousadas para vender. Voltou pra Tracunhaém porque a mãe adoeceu. Foi nessa época que resolveu ganhar dinheiro com o barro. Fez umas bonecas e colocou no atelier do pai. Foi quando uma lojista viu, comprou e ficou fazendo encomendas. Por muito tempo ela só fazia peças para esse lugar.
Depois de um tempo, chamou sua prima, Grecylene, pra trabalhar junto. Regilene a incentivou a fazer suas próprias peças. Começou tirando forminhas. Depois resolveu partir para a criação. Demorava horas porque queria perfeito. Hoje já faz tudo no olhômetro.
A dupla adora compartilhar o que sabe para inspirar mais pessoas a viver de sua arte.
O que começou por necessidade de ganhar dinheiro, hoje é um orgulho pra essas mulheres. “Às vezes faço outras coisas, mas é aqui no barro que a gente se encontra. Eu sempre volto.”, dizem as Lenys que já deixaram a marca no que temos de melhor da arte popular brasileira.
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